HORA CERTA


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

REOGARNIZAÇÃO DO CURRÍCULO POR PROJETOS


Reorganizar o currículo por projetos, em vez das tradicionais disciplinas. Essa é a principal proposta do educador espanhol fernando Hernández.
Doutor em Psicologia e professor de História da Educação Artística e Psicologia da Arte na Universidade de Barcelona. Tem 50 anos e há 20 se dedica a lutar pela inserção dos projetos didáticos na escola. Escreveu Transgressão e Mudança na Educação (Ed. Artmed).
Ele se baseia nas ideias de John Dewey (1859-1952), filósofo e pedagogo norte-americano que defendia a relação da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática. Hernández põe em xeque a forma atual de ensinar. "Comecei a me questionar em 1982, quando uma colega me apresentou a um grupo de docentes", lembra. "Eles não sabiam se os alunos estavam de fato aprendendo. Trabalhei durante cinco anos com os colegas e, para responder a essa inquietação, descobrimos que o melhor jeito é organizar o currículo por projetos didáticos". O modelo propõe que o docente abandone o papel de "transmissor de conteúdos" para se transformar num pesquisador. O aluno, por sua vez, passa de receptor passivo a sujeito do processo. É importante entender que não há um método a seguir, mas uma série de condições a respeitar. O primeiro passo é determinar um assunto - a escolha pode ser feita partindo de uma sugestão do mestre ou da garotada. "Todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto", diz Hernández.
Hernández alerta que não basta o tema ser "do gosto" dos alunos. Se não despertar a curiosidade por novos conhecimentos, nada feito. "Se fosse esse o caso, ligaríamos a televisão num canal de desenhos animados", explica. Por isso, uma etapa importante é a de levantamento de dúvidas e definição de objetivos de aprendizagem. O projeto avança à medida que as perguntas são respondidas e o ideal é fazer anotações para comparar erros e acertos - isso vale para alunos e professores porque facilita a tomada de decisões. Todo o trabalho deve estar alicerçado nos conteúdos pré-definidos pela escola e pode (ou não) ser interdisciplinar. Antes, defina os problemas a resolver. Depois, escolha a(s) disciplinas(s). Nunca o inverso.
É importante frisar que há muitas maneiras de garantir a aprendizagem. Os projetos são apenas uma delas. "É bom e é necessário que os estudantes tenham aulas expositivas, participem de seminários, trabalhem em grupos e individualmente, ou seja, estudem em diferentes situações", explica Hernández. Para Hernándes a organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores. As diferentes fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendizagem, porém todo projeto precisa estar relacionado aos conteúdos para não perder o taco. Além disso, é fundamental estabelecer limites e metas para a conclusão dos trabalhos.

Projeto Amora: sintonia com a era da informação


Para quem está se perguntando o que uma frutinha tão prosaica tem a ver com um projeto ligado à era digital, seus criadores explicam: “A amora é uma infrutescência formada por múltiplos frutos suculentos, derivados de uma reunião de flores diferentes que se desenvolveram próximas. Estes frutos são reunidos por um tecido também suculento, o que os transforma em uma estrutura única muito saborosa e, por isso mesmo, muito apreciada. O Projeto, por sua vez, pretende construir conhecimento a partir da inter-relação entre as múltiplas facetas das diferentes áreas do conhecimento, o que propicia a quem o constrói, uma visão ampla e interacional da realidade, também muito apreciada por integrar, criativamente, afeto e cognição”.

Dentro das programações do MEC/ProInfo, o Projeto Amora é hoje uma referência de projeto alternativo de aprendizagem via tecnologia, incluindo o projeto Escola, Conectividade e Sociedade da Informação, que tem coordenação pedagógica de uma das maiores especialistas em informática educacional do País e uma das criadoras do LEC, Léa Fagundes.

DA GAVETA PARA A INTERNET
Os assuntos são os mais diversos possíveis: vampiros, Idade Média, folclore, drogas, água, carros de corrida, qualquer assunto que tenha despertado a vontade de conhecer. Sob a orientação de um professor, sozinhos ou em pequenos grupos, eles então buscam em diversas fontes (bibliotecas, entrevistas com especialistas, etc) e também na Internet as informações para escreverem seus trabalhos. A diferença é que os trabalhos escolares não ficam empoeirando em gavetas, mas se transformam em websites, que os alunos criam e desenvolvem. A publicação é feita pelos próprios alunos em um ambiente virtual criado especialmente para os projetos de investigação.

TRABALHANDO COM PROJETOS







“... Os projetos se constituem em planos de trabalho e em um conjunto de tarefas que podem proporcionar uma aprendizagem em tempo real e diversificada. Além de favorecer a construção da autonomia e da autodisciplina, o trabalho com projetos pode tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico, significativo e interessante para o aprendiz, deixando de existir a imposição dos conteúdos de maneira autoritária. A partir da escolha de um tema, o aprendiz realiza pesquisas, investiga, registra dados, formula hipóteses, tornando-se sujeito do seu próprio conhecimento...”

terça-feira, 6 de abril de 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

PISO SALARIAL PARA PROFESSOR TERÁ MESA DE NEGOCIAÇÃO


SAIU NO DIA 1º DE ABRIL NO PORTAL DO MEC - OBSERVARAM A DATA???

Quinta-feira, 01 de abril de 2010 - 16:20
O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira, 1º, durante a plenária final da Conferência Nacional de Educação (Conae), em Brasília, a criação de uma mesa permanente de negociação entre parlamentares, governadores, prefeitos e centrais sindicais e órgãos representativos, como o Consed e Undime, para fazer avançar a lei do piso.

A Lei 11.738, de 16 de julho de 2008, instituiu o piso nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, mas ainda não é cumprida por todos os prefeitos e governadores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente à plenária final, acolheu a sugestão. “Eu me disponho a conversar com governadores sobre o piso. Concordo com a proposta da mesa de negociação”, disse. Na visão dele, o valor do piso ainda é baixo.

“Os educadores não são valorizados. Eu não me conformo de alguém achar que um piso de R$ 1.024 é alto para uma professora que cuida de nossos filhos”.

A proposta do ministro é que a mesa discuta medidas para valorizar o professor que já trabalha e atrair jovens para a carreira. “Não vamos atrair jovens sem valorização da carreira. Temos que sentar com os interessados e no Plano Nacional de Educação (PNE) fixar metas para remuneração mínima do trabalhador daqui a dois, quatro, dez anos. Por isso, sugiro uma mesa permanente de negociação”, defendeu Haddad.

Para o presidente Lula, a formação e valorização dos profissionais de educação são fundamentais para dar seguimento ao que classificou de verdadeira revolução na educação. “O casamento entre educação de qualidade e valorização do professor tem que ser indissolúvel”.

O presidente da República destacou a criação do Fundo Nacional de Financiamento da Educação Básica (Fundeb) e o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) como exemplos de ações educacionais importantes em sua gestão para melhorar o financiamento da educação, mas, segundo ele, insuficientes sem a valorização do professor. “Essas ações só crescem se houver à frente delas aquele profissional bem preparado”, afirmou.

Piso Salarial – Cinco estados impetraram Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.167 contra a lei do piso, mas o Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade da lei. Porém, ainda falta decidir sobre outros aspectos, como a destinação de um terço da jornada de trabalho dos professores voltada ao planejamento de aulas fora da escola.

A Conae será encerrada nesta quinta-feira, 1º, com a redação de um documento com as deliberações de delegados de todo o país. As resoluções servirão para embasar políticas educacionais como a elaboração do próximo PNE, que conterá metas a serem alcançadas entre 2011 e 2020.

Maria Clara Machado

terça-feira, 30 de março de 2010

MUDANÇAS


O ser humano hoje é multimídia e temos muito mais facilidade em conviver com isso do que há muitos anos atrás. Usamos e-mail, celular, redes sociais, lemos revistas, assistimos tv, vamos ao cinema, escutamos rádio, etc. Definitivamente somos pessoas e consumidores diferentes!
A forma como lidamos com as mídias mudou e continuará mudando.
Estamos em constante transformação e adaptação. Leques cada vez maiores de opções se abrem em nossas mãos.
"As velozes transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e aprender. É preciso que se esteja em permanente estado de aprendizagem e de adaptação ao novo." (Kenski 1998)
O impacto das Novas Tecnologias tem provocado mudanças na Educação, que não tarda a incorporar os últimos recursos tecnológicos direcionados ao setor. Dessa forma, a integração de novas mídias como televisão e Internet não é mais novidade estranha à sala de aula. Pelo contrário, contribui para a criação de novas estratégias de ensino, aprendizagem e auto-capacitação.
Educar é colaborar para que professores e alunos - nas escolas e organizações - transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornarem-se cidadãos realizados e produtivos.
Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o social.
Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem acontece quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais.
O professor tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema, de trabalhar com os alunos presencial e virtualmente, de avaliá-los.
Cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e procedimentos metodológicos. Mas também é importante que amplie, que aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal/grupal e as de comunicação audiovisual/telemática.
Não se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas. É importante que cada docente encontre o que lhe ajuda mais a sentir-se bem, a comunicar-se bem, ensinar bem , ajudar os alunos a que aprendam melhor. É importante diversificar as formas de dar aula, de realizar atividades, de avaliar.

quarta-feira, 24 de março de 2010

EDUCAÇÃO TECNOLOGICA


A Educação Tecnológica pode ser focalizada de vários pontos de vista: do mundo da educação, do mundo do trabalho, da produção de conhecimentos ou da necessidade de novas metodologias. O conceito de Educação Tecnológica, diz respeito á formação do indivíduo para viver na era tecnológica de uma forma mais crítica e mais humana
Na educação de hoje, não devemos estar apenas comprometidos com a diversidade de conteúdos, com o aprendizado das diferentes linguagens, mas também com a formação de competências sociais,
Quando falamos em usar a tecnologia no ensino, logo vem em nossa mente o uso da Informática e é lógico pensarmos assim. Mas, a tecnologia não se resume apenas em computadores, o lápis e o papel, por exemplo, também é uma tecnologia e que às vezes nós nos esquecemos. Bem, sabemos que a informática é importante na educação, mas isso não significa que ela é a solução de todos os problemas, mas ela serve para facilitar e até tornar mais divertido o aprendizado dos alunos e as horas em sala de aula.
Para isso é preciso que o professor conheça os recursos que ele oferece e crie formas interessantes de usá-los. Precisamos ter claro em nossa mente que melhor que um professor ensinar, é o aluno aprender. Bem, antes de usar o computador, o professor precisa saber que método de ensino-aprendizagem ele pretende usar. Visto que para o aluno aprender, não basta apenas ter tecnologias modernas, mas o professor precisa também usar novas metodologias de ensino, porque não adianta novas tecnologias com metodologias arcaicas.
Como diz Guimarães Rosa, em Grande Sertão Veredas: "Será que realmente ensinamos alguma coisa a alguém? Mestre não é aquele que sempre ensina, mas quem de repente aprende."
É bom sempre lembramos que, a tecnologia no ensino tem que servir para auxiliar o aluno, para ajudar o aluno a pensar e a fazer, não para substituir. Então o professor precisa usar uma metodologia que faça o aluno saber-pensar.

sábado, 20 de março de 2010

TIC - O que é?


TIC é a abreviação de "Tecnologia da Informação e Comunicação".
É um conjunto de recursos tecnológicos que, se estiverem integrados entre si, podem proporcionar a automação e/ou a comunicação de vários tipos de processos existentes nos negócios, no ensino e na pesquisa científica, na área bancária e financeira, etc. Ou seja, são tecnologias usadas para reunir, distribuir e compartilhar informações, como exemplo: sites da Web, equipamentos de informática (hardware e software), telefonia, quiosques de informação e balcões de serviços automatizados.